O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, foi ouvido nesta terça-feira (2) em sessão conjunta de três comissões na Câmara Federal. O motivo são as mensagens atribuídas a ele e divulgadas pelo site The Intercept. A sessão foi encerrada pós confusão entre um deputado e o ex-juiz.

O tumulto ocorreu após cerca de oito horas, depois que o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) chamou Moro de “juiz ladrão”. A declaração gerou revolta dos apoiadores de Moro. Parlamentares e assessores cercaram a mesa da presidência da reunião.

Ofendido, Moro deixou o colegiado e foi até uma sala destinada à presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A deputada Professora Marcivania (PCdoB-AP), responsável por presidir a sessão, solicitou que a ofensa a Moro fosse retirada dos registros da sessão e encerrou os trabalhos.

COM A PALAVRA, SÉRGIO MORO…

Antes da confusão, cerca de 60 deputados fizeram discursos ou perguntas a Sergio Moro. Inicialmente, Moro disse que, por trás das mensagens, existe uma “tentativa criminosa” de invalidar condenações da Lava Jato. Moro classificou o conteúdo das mensagens de “balão cheio de nada”.

Ao longo de toda a reunião, parlamentares da oposição afirmaram que Moro foi parcial na condução dos processos da Lava Jato e que cometeu crimes. Por outro lado, os apoiadores do ministro elogiaram a conduta do ex-juiz e destacaram que o ministro foi importante no combate à corrupção no Brasil.

Durante a sessão, o deputado Boca Aberta (PROS-PR), apoiador de Moro, chegou a entregar um troféu ao juiz pela atuação no combate à corrupção e à lavagem de dinheiro.

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