Reprovado na avaliação para assumir uma gerência executiva da Petrobras, o “amigo particular” do presidente Jair Bolsonaro, Carlos Victor Guerra Nagem, foi nomeado no início do mês assessor da presidência da estatal. O cargo tem salário em torno de R$ 55 mil, e ao contrário da gerência executiva, não tem como pré-requisito a experiência em cargos de chefia.

Na época, a estatal disse à Folha de S. Paulo que o nome de Nagem foi submetido aos procedimentos de governança da companhia. “Ele não possui a experiência requerida em posição gerencial que é necessária à função”, afirmou a empresa.

Ele era funcionário de carreira da área de segurança da Petrobras em Curitiba e nunca assumiu função comissionada na empresa. Procurada novamente pela Folha, a estatal afirmou que ele atuará em projetos especiais da área de Inteligência e Segurança Corporativa, entre os quais programa de proteção de dutos.

Sob a alcunha de Capitão Victor, o assessor chegou a se candidatar duas vezes pelo PSC, mas não conseguiu votos suficientes para se eleger. Nas eleições de 2018, Nagem foi apoiado por Bolsonaro, que aparece em vídeo pedindo votos para aquele que chamou de “amigo particular”.

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