Com a pesquisa Datafolha deste domingo (10) apresentando Michel Temer como o presidente mais impopular da história, o pré-candidato do MDB à sucessão, Henrique Meirelles, reforçou o discurso de que seu currículo tem início antes do governo considerado ruim ou péssimo por 82% dos brasileiros.

O ex-ministro da Fazenda do governo Temer oscila entre 0 e 1% na pesquisa deste fim de semana e agora destaca também sua atuação como presidente do Banco Central na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.

“Acho que [a rejeição do presidente Temer] não afeta [minha candidatura] na medida em que minha campanha é baseada em meu histórico e nos resultados específicos do meu trabalho, seja no governo do presidente Temer, seja anteriormente. Tenho plena segurança de que, quando conhecido meu trabalho e meu histórico pelo eleitorado, o nível de aceitação é muito grande. Meu histórico no governo Temer, anterior a isso, e o trabalho que fiz é que vão prevalecer”, disse Meirelles à reportagem.

O ex-ministro relativizou o resultado da pesquisa e, assim como seus adversários, disse que alterações nas intenções de voto só virão a partir da propaganda eleitoral no rádio e na TV, que começa em 31 de agosto.

“Neste período, a legislação eleitoral restringe muito a divulgação sobre qualquer candidato, opiniões etc. Mesmo os meios de comunicação, que antes poderiam falar um pouco mais livremente sobre isso, neste ano, no período pré-eleitoral, são muito restritos. Acho normal que não haja grande mudança agora. Quando começar o programa eleitoral, aí sim, acredito que as coisas vão se definir”, afirmou Meirelles, que participa nesta segunda-feira (11) do programa Roda Viva, da TV Cultura.

Diante da estagnação apontada pelo Datafolha, Meirelles aposta também na pulverização de candidaturas deve durar até o período de 20 de julho e 5 de agosto, quando acontecem as convenções partidárias para a escolha dos candidatos.

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