A Coca-Cola chamou a atenção do governo de Donald Trump após patrocinar o XXVI Congresso Nacional do Ministério Público, que teve o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, como um dos palestrantes. Moraes foi incluído pelo governo Trump na Lei Magnitsky em julho e está sujeito a sanções impostas pelos Estados Unidos.

Segundo informações um representante do alto escalão da administração norte-americana entrou em contato direto com um executivo da Coca-Cola para questionar o patrocínio. A gestão Trump teria demonstrado desaprovação explícita ao apoio da empresa ao evento.

O governo dos EUA adota postura rigorosa com empresas que ofereçam suporte, direto ou indireto, a indivíduos sancionados pela Lei Magnitsky, podendo inclusive impor sanções adicionais às companhias envolvidas.

Outras instituições brasileiras — como PicPay, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Febraban — também teriam causado desconforto ao governo Trump pelo mesmo motivo, mas, diferentemente da Coca-Cola, não possuem sede nos Estados Unidos, reduzindo o risco de punições.