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O deputado federal Níkolas Ferreira (PL-MG) e o deputado estadual Bruno Engler (PL) tornaram-se réus após o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) aceitar uma denúncia do Ministério Público. A investigação apura uma “campanha sistemática de desinformação” durante o segundo turno das eleições municipais de 2024 em Belo Horizonte, com o objetivo de prejudicar a imagem do ex-prefeito Fuad Noman, falecido em março deste ano.

Se condenados por disseminação de informações falsas contra Noman, Níkolas Ferreira e Bruno Engler podem ser declarados inelegíveis. O Ministério Público entende que as ações dos denunciados visavam favorecer Engler, que concorreu pelo PL na disputa eleitoral.

A decisão foi proferida pelo juiz Marcos Antônio da Silva, da 29ª Vara Eleitoral, nesta sexta-feira (25). Segundo o g1, além de Ferreira e Engler, também são alvos da ação a deputada estadual Delegada Sheila (PL) e Coronel Cláudia (PL), que foi candidata a vice-prefeita na chapa de Engler.

De acordo com o MP, os envolvidos teriam participado de uma campanha organizada de desinformação nos dias finais da eleição, utilizando redes sociais, rádio, TV e internet para influenciar o resultado do pleito. O MP aponta que os denunciados distorceram trechos do livro “Cobiça”, escrito por Fuad Noman, sugerindo que a obra fictícia incentivava o crime, e também acusaram o ex-prefeito de permitir acesso a conteúdo sexual para menores no Festival Internacional de Quadrinhos de BH. Ambas as situações já foram consideradas ilegais pela Justiça Eleitoral.

A participação de Níkolas Ferreira foi considerada central na campanha, pois o deputado teria utilizado seu alcance nas redes sociais para disseminar conteúdo falso e ofensivo, além de descumprir uma ordem judicial para remover as postagens com desinformação.

buscamos contato com Nikolas Ferreira e Delegada Sheila, mas não obteve retorno até o momento. Engler e Coronel Cláudia informaram que se manifestarão apenas nos autos do processo.