Em meio à rápida transmissão da dengue pelo mosquito Aedes aegypti, o uso de repelente é uma medida auxiliar para a proteção contra picada. Em oito dias, a capital paulista confirmou 1.552 casos de dengue. Nos primeiros 30 dias do ano, a cidade contabilizou 3.344 infecções.
 

O município do Rio de Janeiro decretou emergência, assim como Acre, Goiás, Minas Gerais e o Distrito Federal. A doença avança pelo país de forma descontrolada.
 

Mesmo quem receber as doses da vacina Qdenga deve continuar com o uso de repelente. A orientação é de Evaldo Stanislau de Araújo, infectologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, e de Gislaine Ricci Leonardi, professora doutora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp.
 

“A vacina ainda é nova e existem dados que serão conhecidos a partir do seu uso em mais larga escala e de estudos complementares. A durabilidade da proteção e a proteção para os sorotipos virais (sobretudo 3 e 4) não são absolutos e por isso as pessoas vacinadas devem seguir se protegendo”, afirma o médico.
 

“Além disso, o Aedes [aegypti] é vetor de outras arboviroses, como a zika e chikungunya, para as quais ainda não temos vacina”, completa o infectologista.
 

Leia abaixo as dicas dos especialistas ouvidos pela reportagem para fazer do repelente um aliado contra a doença.