O Esporte Clube Vitória pode ser o primeiro clube do Brasil a ser punido por LGBTfobia, após ser denunciado ao Supremo Tribunal Judicial Desportivo (STJD) por conduta discriminatória de um grupo de torcedores do clube, no BaVi realizado no início de março deste ano.

 

A ação foi provocada pela torcida LGBTricolor, alvo do ataque. Os torcedores rubro-negros penduraram a camisa da torcida LGBT do Esquadrão de cabeça para baixo. A infração, por si só, já é prevista no artigo 243-G do Cógido Brasileiro de Justiça Desportiva, que estabelece punições desde suspensão de jogos, até perda de pontos e multas.

 

O árbitro da partida que ocorreu no Barradão, Bruno Pereira Vasconcelos, também é citado na denúncia do procurador Hermes Hilarião Teixeira Neto. Ele foi acionado por não ter registrado o episódio na súmula, o que dificultou posteriormente a formalização da denúncia contra o Vitória.

 

O julgamento será realizado nesta quinta-feira (17), às 10, pela 1ª Comissão Disciplinar do TJD. Em razão da pandemia de COvid-19, o julgamento será em sala virtual. Qualquer pessoa interessada pode requisitar a participação no julgamento, com pedido para acesso de até 8h antes do prazo, basta en

 

Onã Rudá, fundador da LGBTricolor, se diz “confiante” diante das evidências, confirmadas por vídeos de transmissão do jogo. Ele acredita que que a ofensa não passará “impune” pelo tribunal, e reivindica o seu direito de “torcer em paz”.

 

“A imagem é nítida, o vídeo não deixa dúvidas. Foi um ato completamente preconceituoso e direcionado a nós, não só como torcida, mas como comunidade LGBTI+. Estou confiante que essa ação não passará impune, diante das provas. Nós só queremos respeito e o direito de torcer em paz.” Onã Rudá, fundador da LGBTricolor.

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