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O Partido dos Trabalhadores da Bahia (PT-BA) anuncia o retorno de Filipe Almada à sua Executiva Estadual. O ex-secretário de Relações Institucionais do PT-BA retorna em um momento crucial, conforme se aproxima o Processo de Eleições Diretas (PED), marcado para o dia 6 de julho.

Reabertura de Conflitos Internos

A volta de Almada à Executiva não apenas intensifica a disputa interna, mas também traz à tona divergências históricas com a atual presidência de Éden Valadares. Almada tem sido um crítico fervoroso da gestão do partido, denunciando tentativas de setores ligados a Valadares de aplicar sanções políticas sem seguir os procedimentos estatutários. Essa ação gerou um debate acalorado sobre a democracia interna do partido.

Resistência à Candidatura da Continuidade

Apesar de Éden Valadares não se candidatar à reeleição, ele está ativamente envolvido na articulação para eleger seu sucessor, o atual tesoureiro estadual, Tássio Brito. Embora apresentado como uma proposta de renovação, muitos militantes veem a candidatura de Brito como uma continuação do mesmo grupo político que tem liderado o PT-BA nos últimos seis anos. A tentativa de dissociar Brito da gestão de Valadares tem encontrado críticas expressivas, com militantes apontando o distanciamento das bases e a falta de formulação política como questões centrais.
“A eleição interna deste ano representa mais do que uma mera escolha de líderes; trata-se de decidir o futuro do PT na Bahia. Estão em jogo os rumos do partido: será um organismo autônomo, capaz de influenciar e sustentar politicamente o governo, ou permanecerá subordinado e gerido externamente em nome da “governabilidade”? questiona Almada.

Com o retorno de Almada, setores críticos da gestão atual ganham novo impulso para retomar a discussão sobre o futuro do PT-BA. A expectativa é que o PED 2025 não apenas defina a nova correlação de forças internas, mas também revele a disposição da militância em reposicionar o PT em defesa de sua base social.