O novo secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, escolheu a América Latina como destino de sua primeira viagem oficial, destacando a prioridade que a região terá no governo de Donald Trump. Neste sábado (1º), Rubio embarca para um giro de seis dias que incluirá visitas ao Panamá, El Salvador, Costa Rica, Guatemala e República Dominicana, países considerados aliados estratégicos pelos EUA.

Durante a viagem, serão discutidos temas cruciais como a disputa sobre o Canal do Panamá, a crescente influência da China na região e políticas de imigração. Esses países são notórios por abrigar um grande número de imigrantes em situação irregular nos Estados Unidos.

Uma das principais agendas do governo Trump é solicitar que as nações latino-americanas colaborem em sua política de deportação em massa, aceitando o retorno de pessoas expulsas dos EUA. Mauricio Claver-Carone, enviado da Casa Branca para a América Latina, destacou a importância da visita: “O foco e a prioridade que o presidente Trump deu à região e o fato de que isso é liderado pelo nosso secretário de Estado hispânico, que conhece a região como ninguém, é realmente histórico.”

A viagem começará no Panamá, onde Rubio se reunirá com o presidente José Raul Molino e visitará o Canal do Panamá. Claver-Carone enfatizou que a discussão sobre o canal será central, uma vez que Trump já manifestou interesse em controlar essa importante via marítima. “Vemos a presença da China no Canal do Panamá como uma ameaça à segurança nacional dos EUA e à segurança do próprio Panamá”, afirmou.

Em El Salvador, Rubio encontrará o presidente Nayib Bukele, um aliado próximo de Trump. O objetivo é negociar um acordo para que o país receba imigrantes deportados provenientes de outras nações. Claver-Carone elogiou os esforços de Bukele no combate à criminalidade e manifestou interesse em analisar suas políticas bem-sucedidas.

Na Costa Rica, Rubio se reunirá com o presidente Rodrigo Chaves para discutir um acordo semelhante sobre a aceitação de deportados. Claver-Carone destacou Chaves como um líder consciente das ameaças representadas pela China no país.

A penúltima parada será na Guatemala, onde se espera expandir discussões sobre imigração e estratégias para combater a influência chinesa na região. Por fim, Rubio encerrará sua viagem na República Dominicana, um país que tem enfrentado desafios devido à crise no Haiti e tem sido responsável por receber muitos repatriados.

“Esses cinco países são aliados dos Estados Unidos e buscamos aprofundar e fortalecer a cooperação com todos eles”, concluiu Claver-Carone. A visita promete ser um passo significativo nas relações entre Estados Unidos e América Latina sob a nova administração.