Petrobras Inova com Participação no Programa Nisar da NASA para Monitoramento Ambiental Redação 16 de dezembro de 2024 Destaque, Notícias, ultimas notícias, ÚLTIMAS NOTÍCIAS A Petrobras está prestes a dar um passo significativo em direção à segurança nas explorações de petróleo na Margem Equatorial, abrangendo os estados do Amapá, Pará e Maranhão. A empresa foi aceita no Programa de Primeiros Usuários (Early Adopters) da missão Nasa-ISRO Synthetic Aperture Radar (Nisar). Este sistema inovador utiliza imagens de Radar de Abertura Sintética (SAR) por satélite para a observação da Terra.Fernando Pellon, engenheiro consultor sênior da Gerência de Geoquímica do Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes), destacou a importância do mapeamento em regiões inundáveis, especialmente nos manguezais, que são ecossistemas extremamente vulneráveis a derrames de óleo. “As informações dos mapas de sensibilidade a derrames de óleo serão essenciais para entender a dinâmica desses ambientes”, afirmou Pellon em entrevista à Agência Brasil. Ele explicou que o mapeamento das áreas inundadas é crucial para estudar a sensibilidade a derrames e para mapear a biota local.O projeto, que será desenvolvido pela NASA em parceria com a Organização Indiana de Pesquisa Espacial, tem início previsto para 2025. Nesse período, a Petrobras começará a utilizar as imagens no seu projeto Observatório Geoquímico Ambiental da Margem Equatorial Brasileira (ObMEQ). A empresa será uma das 100 iniciativas selecionadas para participar desta missão.Com essa tecnologia avançada, será possível monitorar o ambiente marinho e costeiro dos três estados na Margem Equatorial, além de atualizar o mapeamento do litoral. Pellon explicou: “Essa tecnologia permite obter informações sobre um alvo sem contato físico. Por exemplo, pode medir remotamente a temperatura da superfície do mar ou verificar se uma planta está saudável ou com deficiência hídrica”.Além disso, o monitoramento contribuirá para o acompanhamento das mudanças climáticas. O satélite orbitará a 747 quilômetros da Terra e obterá imagens a cada seis dias de pontos específicos da superfície terrestre, proporcionando uma cobertura quase contínua das áreas imersas e cobertas de gelo. “Essa massa de dados incluirá informações sobre biomassa, desastres naturais, elevação do nível do mar e água subterrânea”, acrescentou Pellon. O satélite contará com dois sensores: um da NASA na banda L e outro da Índia com comprimento de onda menor na banda S.Pellon finalizou destacando que um dos principais objetivos da missão é fornecer subsídios sobre as mudanças climáticas e seus impactos nos meios físicos, como o aumento do nível do mar e o derretimento das camadas de gelo, bem como nas dinâmicas vegetais e urbanas. “Essas informações serão fundamentais para trabalhos futuros nesse campo”, concluiu.Com essa iniciativa, a Petrobras se posiciona na vanguarda da tecnologia espacial aplicada ao monitoramento ambiental, reforçando seu compromisso com práticas sustentáveis na exploração de recursos naturais.