Conselho Estadual de Saúde da Bahia Cobra Investigação Rigorosa Após Nova Tragédia na Maternidade Albert Sabin Redação 3 de dezembro de 2024 Destaque, Notícias, ultimas notícias, ÚLTIMAS NOTÍCIAS O Conselho Estadual de Saúde da Bahia (CES-BA) solicitou mais rigor e celeridade nas investigações de uma nova denúncia envolvendo a Maternidade Albert Sabin, menos de 30 dias após um caso semelhante. O incidente mais recente ocorreu na última sexta-feira (29), quando uma gestante e seu bebê faleceram durante o parto.Kevelli Barbosa, de 22 anos, e sua filha morreram após serem induzidas a um parto normal, apesar de que, segundo familiares, a gestante tinha indicação para cesárea devido à hipertensão. Kevelli chegou à unidade hospitalar na quarta-feira (27) com dores. Após o parto, a médica informou que a criança nasceu com o cordão umbilical enrolado no pescoço. Embora tenha sido reanimada, a bebê não resistiu e faleceu. Após a morte da filha, Kevelli apresentou complicações e foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde também não sobreviveu.Nesta terça-feira (3), o CES-BA pediu à Corregedoria do Estado e ao Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb) uma investigação mais rigorosa. O presidente do CES-BA, Marcos Gêmeos, enfatizou que não se pode permitir que situações como essa ocorram novamente na Maternidade Albert Sabin ou em qualquer outra maternidade.“Não podemos demonizar os serviços públicos. O Sistema Único de Saúde também tem excelência em diversos aspectos, mas é um fato que as apurações precisam ser feitas e mudanças precisam ser implantadas para garantir que a insegurança e a falta de humanização não sejam naturalizadas”, declarou Gêmeos.O Conselho ressaltou a importância de implementar medidas para combater a violência obstétrica e as negligências médicas, incluindo políticas públicas, capacitação profissional, fortalecimento dos direitos das gestantes e conscientização social.É fundamental garantir o cumprimento das leis já existentes, como a Lei do Acompanhante (Lei nº 11.108/2005), que assegura às mulheres o direito de ter um acompanhante escolhido durante o trabalho de parto, parto e pós-parto.Adicionalmente, políticas como a Rede Cegonha, focadas na humanização do atendimento, devem ser efetivamente aplicadas com supervisão regular dos serviços prestados. Outro aspecto crucial é a capacitação contínua dos profissionais de saúde, promovendo atualizações técnicas baseadas em evidências científicas e sensibilização sobre o impacto da violência obstétrica na saúde das mulheres.