Número de mortos pela enchente do RS aumenta para 151 pessoas Redação 16 de maio de 2024 Destaque, Notícias, Tragédia, ultimas notícias, ÚLTIMAS NOTÍCIAS As fortes chuvas do Rio Grande do Sul causaram ao menos 151 mortes, de acordo com boletim divulgado às 9h desta quinta-feira (16). O número pode aumentar nos próximos dias, já que ainda há 104 desaparecidos. As mortes ocorrem em 44 cidades, conforme a Defesa Civil, e há 806 feridos. No total, 458 municípios foram afetados, sendo que 77.199 pessoas estão desabrigadas e 538.164 ficaram desalojadas. Conforme o governo do Rio Grande do Sul, 76.620 pessoas foram resgatadas. As aulas foram suspensas nas 2.338 escolas da rede estadual e mais de 362 mil alunos foram impactados. Nesta terça, são 1.044 escolas afetadas, 538 danificadas e 83 servindo de abrigo. A tragédia tem sido comparada ao furacão Katrina, que em 2005 destruiu a região metropolitana de Nova Orleans, na Lousiana (EUA), atingiu outros quatro estados norte-americanos e causou mais de mil mortes. Profissionais de saúde apontam semelhanças entre as duas tragédias, como falta de prevenção de desastres naturais e inexistência de uma coordenação centralizada de decisões. Colapso nos hospitais, dificuldade de equipes de saúde chegarem aos locais de trabalho e desabastecimento de medicamentos e outros insumos são outras semelhanças apontadas. * SITUAÇÃO NO RS APÓS AS CHUVAS 151 mortes; 104 desaparecidos; 806 feridos; 77.199 desabrigados (quem teve a casa destruída e precisa de abrigo do poder público); 538.164 desalojados (quem teve que deixar sua casa, temporária ou definitivamente, e não precisa necessariamente de um abrigo público –pode ter ido para casa de parentes, por exemplo); 2.281.774 pessoas afetadas no estado. O nível do lago Guaíba, em Porto Alegre (RS), ficou abaixo dos 5 metros pela primeira vez desde segunda-feira (13), de acordo com medição realizada no início da manhã desta quinta-feira. O nível chegou a 4,99 às 6h15, no cais Mauá. Segundo o IPH (Instituto de Pesquisas Hidráulicas) da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), o nível do lago deve diminuir lentamente nos próximos dias, ficando acima dos 4 metros durante a semana. O pico até o momento foi registrado há uma semana, quando o lago subiu para a faixa de 5,3 metros. Segundo o Painel Informativo da Prefeitura de Porto Alegre, os eventos climáticos de maio deste ano no Rio Grande do Sul superaram qualquer registro histórico e impactaram milhões de pessoas. O IPH recomenda a manutenção de atenção às áreas de risco, mesmo onde houve redução da inundação, e ações imediatas para restabelecimento da infraestrutura e manutenção de serviços essenciais como o saneamento básico. Apesar de o lago estar acima da cota de inundação (3 m no Centro), a Prefeitura de Porto Alegre planeja a limpeza da cidade. Em uma primeira etapa, os trabalhos serão realizados nos 21 bairros mais atingidos pela enchente e incluirão raspagem e remoção de terra e lodo, lavagem das ruas e avenidas, recolhimento de resíduos e entulhos como móveis inutilizados pelas águas. Vinte equipes começarão a limpeza, à medida que as águas baixarem. A previsão é de contratação emergencial de 55 equipamentos, entre caminhões, carretas, pás carregadeiras e escavadeiras hidráulicas. A prefeitura informou, em postagem nas redes sociais, que vai precisar de equipamentos e ajuda voluntária, além da estrutura e equipes própria. SAIBA A DIFERENÇA DOS TERMOS Afetado: Qualquer pessoa que tenha sido atingida ou prejudicada por um desastre, como feridos, desalojados, desabrigados e pessoas que perderam sua fonte de renda Desalojado: Pessoa que foi obrigada a abandonar temporária ou definitivamente sua habitação, em função de evacuações preventivas, destruição ou avaria grave, decorrentes do desastre, e que, não necessariamente, carece de abrigo provido pelo sistema Desabrigado: Desalojado ou pessoa cuja habitação foi afetada por dano ou ameaça de dano e que necessita de abrigo provido pelo Estado Fonte: Glossário de Defesa Civil