O ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, foi preso preventivamente, na manhã desta quarta-feira (22), por determinação do mandado de prisão expedido pela Justiça.

No documento são citados crimes de tráfico de influência, prevaricação, advocacia administrativa e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao MEC.

Expedido pelo juiz federal Renato Borelli, no âmbito da operação “Acesso Pago”, o mandado determina que o ex-ministro seja levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, para realização de audiência de custódia, prevista para quinta-feira (24).

Milton Ribeiro entrou na mira da Polícia Federal (PF), após vazamento de um áudio no qual declarou priorizar repasses de verbas para prefeituras cujos pedidos de liberação foram negociados por dois pastores, Arilton Moura e Gilmar Santos, que não têm cargo no ministério. Na época, o então ministro afirmou que o procedimento era feito a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em uma das situações, o prefeito de Luis Domingues (MA), Gilberto Braga (PSDB), afirmou que um dos pastores que negociavam transferências de recursos federais para prefeituras pediu 1 kg de ouro para conseguir liberar os recursos de obras de educação do município.

Além do mandado contra o ministro, estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e outros quatro mandados de prisão, distribuídos pelos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal. Além disso, há medidas cautelares, como a proibição de contatos entre investigados e envolvidos.