O mundo ultrapassou a marca de 250 milhões de casos de Covid-19 nesta segunda-feira (8). Enquanto a variante Delta tem reduzido seu alcance e muitos países estão reativando o comércio e o turismo, algumas nações do Leste da Europa registram surtos recordes da doença.

De acordo com a Reuters, o número diário médio de casos caiu 36% nos últimos três meses, mas o vírus ainda infecta 50 milhões de pessoas em todo o mundo a cada 90 dias, por causa da variante Delta, que é altamente transmissível.

Por causa das vacinas e da exposição natural, especialistas da área de saúde acreditam que muitas nações tenham deixado o pior da pandemia no passado. Contudo, alertam que o clima mais frio e as festas de fim de ano podem fazer os casos crescerem.

“Achamos que de agora até o final de 2022, é o ponto no qual assumimos o controle do vírus, quando podemos diminuir consideravelmente as doenças graves e as mortes”, afirmou Maria Van Kerkhove, epidemiologista que comanda a resposta da Organização Mundial da Saúde (OMS) à pandemia.

Ainda segundo a Reuters, as infecções ainda crescem em 55 de 240 países. Desde que a pandemia começou, Rússia, Ucrânia e Grécia atingiram ou estão próximas de níveis recordes de casos detectados.

O Leste da Europa possui uma das menores taxas de vacinação da região. Com 1 milhão de infecções novas a cada quatro dias, mais da metade de todas os novos casos relatados em todo o mundo foram de países europeus.

Diversas regiões russas avisaram, na semana passada, que podem impor restrições adicionais ou prorrogar a interdição de ambientes de trabalho, já que o país amarga um recorde de mortes por causa da doença. Nesta segunda-feira, a Rússia contabilizou 39.400 casos novos de Covid-19, sendo quase 5 mil somente em Moscou.

No outro extremo está o Japão. No domingo (7), o país não registrou nenhuma morte diária por Covid-19, pela primeira vez em mais de um ano, segundo informações da imprensa local.

Os números de casos e de mortes por causa do coronavírus caíram de forma substancial no Japão. Isso se deve ao fato de a vacinação ter sido estimulada e atingiu mais de 70% da população.

Em agosto, no entanto, infecções diárias chegaram ao pico de mais de 25 mil durante a última onda, estimulada pela variante Delta. O Japão teve mais de 18 mil mortes por causa da doença desde o início da pandemia.

Pensando em evitar o ressurgimento da Covid-19 neste inverno, o governo pretende aplicar doses de reforço da vacina no próximo mês. Além disso, planeja adquirir medicamentos em pílula, que têm mostrado bons resultados no tratamento de casos mais leves da doença em estudos clínicos. O objetivo é reduzir as hospitalizações.

“Aprendemos nos últimos dois anos, que precisamos tomar medidas fortes, rápidas e intensivas”, destacou Shigeru Omi, o principal conselheiro de saúde do país.

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