O governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse nesta quinta-feira (10) que o modelo de tributação brasileira é uma espécie de “Robin Hood ao contrário”, segundo o qual “recursos são retirados dos pobres para dar aos ricos”. A declaração do gestor foi dada durante um debate sobre a Reforma Tributária com outros governadores, a Febraban e a CNI.

Rui Costa defendeu a existência de uma ampla reforma com a garantia de que a lógica atual seja invertida. “É preciso dar passos para diminuir a regressividade do imposto no país. Não é possível continuar com esse formato que sobrecarrega os mais pobres”, disse o governador.

O gestor baiano sugeriu que o modelo tributário europeu seja replicado no Brasil em relação à cobrança de impostos sobres heranças e fortunas. “Na Europa e nos Estados Unidos, por exemplo, as heranças são taxadas em, no mínimo, 25%. É comum, por exemplo, ver fortunas serem doadas a universidades porque há incentivos para isso. Aqui no Brasil, a taxação de riquezas é de, no máximo, 8%”, comparou.

O governador ressaltou que no Brasil há sobrecarga tributária em produtos como arroz e feijão – itens básicos de consumo -, o que, nas palavras dele, amplifica a desigualdade social. “Somos um país socioeconomicamente desigual. No Nordeste, 50% da população ganham até um salário mínimo. A estrurura do Brasil se concentra no consumo”, disse

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