Dados já Atlas da Violência 2020 divulgado nesta quinta-feira (27) mostram que as mortes violentas com causa indeterminada aumentaram 25,6% em 2018 em relação a 2017. Para os pesquisadores, o alto índice de mortes sem esclarecimento, é uma das explicações para a redução acentuada de homicídios em 2018, quando foram registrados 57.956 casos.

O número corresponde a uma taxa de 27,8 mortes por 100 mil habitantes – o menor nível de homicídios em quatro anos. O número de casos remete ao patamar dos anos entre 2008 e 2013, em que ocorreram entre 50 mil e 58 mil homicídios anuais. Porém, segundo o Atlas, elaborado pelo Ipea e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com 12.310 mortes sem esclarecimentos, o ano registrou o maior indicador nos últimos oito anos, com taxa de 5,9 por 100 mil habitantes.

Em 2013, Daniel Cerqueira, do Ipea, estimou que no Brasil, 73,9% das mortes sem causa eram, na verdade, “homicídios que ficaram ocultos, em face do desconhecimento da informação correta”. Quando se analisa esse índice, a Bahia aparece como segundo estado com mais mortes violentas com causa indeterminada, com 10,6 a cada 100 mil habitantes, perdendo apenas para Roraima cujo número é de 11,3 / 100 mil. São Paulo aparece em terceiro lugar com 9,4 / 100 mil. Em números absolutos, a Bahia teve 1.570 homicídios violentos com causa indeterminada.

Esse índice não entra na estatística geral de homicídios, o que faz com que os números caiam mostrando que houve queda, quando na verdade os dados foram notificados de outra forma

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