O presidente Jair Bolsonaro foi o que, desde a era Sarney, menos tratou de benefícios sociais em decretos publicados nos primeiros 18 meses de mandato. Em levantamento divulgado neste domingo (28) pela coluna Painel da Folha de S. Paulo, o grupo PEX-Network, da Universidade Federal de Minas Gerais, considerou 746 decretos promulgados até a última sexta-feira (26).

“Como ele sabe que não tem votos, tenta contornar o Congresso editando decretos para atender interesses pontuais”, afirmou a cientista política Magna Inácio, coordenadora do grupo da UFMG. Entre os atos, um dos mais criticados foi o quando o presidente tentou mudar a classificação de sigilo de documentos públicos, mas voltou atrás após sofrer derrota no Congresso.

A coluna Painel fez outro levantamento que mostrou que, mesmo sem considerar o período da pandemia, Bolsonaro foi o presidente que mais tentou governar com medidas provisórias nos primeiros 18 meses de mandato. O presidente editou 116 MPs, o que dá uma média de 6 por mês. Desse total, 13 trataram do coronavírus.

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