A Secretaria de Saúde de São Paulo afirmou que estado tem nesta terça-feira (14) mais de 2 mil pacientes internados para tratar o novo coronavírus, um recorde desde o início da pandemia, segundo a pasta. Atualmente são 1.111 pessoas em leitos de UTI e 1.042 em enfermarias.

“O número de dias que esses pacientes ficam internados em ambientes de UTI não é inferior a 14 dias e muitas vezes 21 dias ou mais. Isso significa que você rodizia poucos os leitos de UTI, não têm movimento de entra e sai em dois ou três dias”, afirma o diretor do Centro de Contingenciamento, David Uip.

Em coletiva de imprensa nesta tarde também foram divulgados os hospitais da capital com maior taxa de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva.

O maior número foi registrado no Hospital Sancta Maggiore Higienópolis, com 83%. Em seguida, aparecem Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (77%), Hospital Municipal do Tatuapé (77%), Conjunto Hospitalar do Mandaqui (76%) e Santa Casa de São Paulo (71%). O infectologista afirmou ainda que os números da capital mostram que “não há dúvidas que o sistema [de saúde] já está sendo colocado à prova em seus limites.”

Embora a taxa supere 80% em alguns hospitais da capital, o secretário da Saúde, José Henrique Germann, afirmou que no estado como um todo a taxa de ocupação de UTI é de cerca de 60% atualmente.

“Nós temos no estado 7 mil leitos públicos de terapia intensiva, sendo que aproximadamente 3.700 são destinados a pacientes adultos. Eles estavam trabalhando [antes da pandemia] em uma ocupação em torno de 70, 75% e agora eles estão trabalhando em uma ocupação de 60%. Essa diminuição se dá por uma coisa que o dr David Uip falou: a população se retrai, você tem menos acidente e assim por diante”, afirmou.

Balanço de casos

Do total de mortos, 409 são homens e 286 são mulheres. O governo também detalhou o número de mortes de acordo com a comorbidade, ou seja, com a doença pré-existente. Em primeiro lugar estão as cardiopatias (379), seguida por diabetes (258).

Das 695 mortes, 561 vítimas tinham mais de 60 anos. Já entre os casos, a maior parte dos infectados tem entre 30 e 60 anos: 5.803 infectados.

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