O vereador do Rio de Janeiro, Ítalo Ciba (Avante), sargento da Polícia Militar, contou que, quando esteve na prisão com Adriano da Nóbrega, miliciano morto em operação na Bahia, os dois receberam “mais de uma vez” visitas do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (Sem partido). A informação foi divulgada hoje (20) pelo jornal O Globo. Além disso, segundo militar, o ex-capitão do Bope frequentava o gabinete de Flávio a convite de Fabrício Queiroz, ex-chefe da segurança de Flávio.

Publicamente , o hoje senador afirma que sua relação com Adriano se resumiu a reconhecer seu trabalho contra o crime no Rio. Ciba integrava o Grupamento de Ações Táticas (GAT) do 16º BPM (Olaria), comandado por Adriano. Em 4 de novembro de 2003, ele, Adriano e outros seis policiais receberam de Flávio na Assembleia Legislativa uma “moção de louvor”.

Alguns dias depois, porém, os integrantes do GAT foram presos e começaram a responder um processo criminal por homicídio, tortura e extorsão. Nesse período, segundo reportagem de O Globo, Flávio os visitou na prisão. Questionado sobre as visitas, o senador respondeu, por nota, que esteve apenas uma vez na cadeia, em 2005, para ver Adriano e entregar a medalha Tiradentes — maior honraria concedida pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). “Não há nenhuma relação de Flávio Bolsonaro ou da família com Adriano”, diz a nota.

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