O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia Nelson Leal disse, em entrevista à Rádio Metrópole hoje (3), que ficou “chocado” com a confusão que ocorreu na Casa na sexta-feira (31), durante a sessão que aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma da Previdência estadual.

Leal afirmou nunca ter visto um protesto como o que ocorreu na Alba “em nenhum Parlamento do mundo”. Ele declarou que aceita divergências, mas considerou uma “selvageria” o ato de jogar ovos em deputados, além de invadir o plenário com gritos de ameaça e armas em punho.

“Vivemos uma praça de guerra. Nós estávamos trabalhando e fazendo o que nos foi delegado pela urnas e fomos surpreendidos com um ato que devemos esquecer, porque a democracia não merece situação como essa”, disse.

O chefe do Legislativo baiano relatou que o deputado Alan Sanches foi ameaçado com uma pistola e Paulo Câmara foi agredido fisicamente. O deputado Fabrício Falcão também teria sofrido “inúmeras ameaças”, segundo Leal.

O presidente da Alba disse que dois agressores foram identificados, porém afirmou que pretender procurar o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, e o Ministério Público estadual (MP-BA) para a adoção das medidas cabíveis, também diante dos danos estruturais à Assembleia.

Apesar de toda a confusão, Leal afirma que “a Casa não se intimidou, a casa se agigantou”. “A PEC é adequação à (reforma da) Previdência que foi votada em Brasília e estados têm até junho para concluir votações e, se não fizer, vai acabar inadimplente”, defendeu.

Ele compara a proposta, aprovada com 44 votos favoráveis e nove contra, com um “remédio amargo” que teríamos que tomar pela saúde financeira do Estado. “Ninguém fica satisfeito em levar filho para tomar injeção, mas muitas vezes ,para que a saúde seja restabelecida, tem que fazê-lo”, avaliou.

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