O desligamento de radares de fiscalização de velocidade foi realizada nas rodovias federais administradas diretamente pelo governo. As informações são de uma reportagem do jornal O Globo publicada nesta segunda-feira (23).

Dados obtidos através da Lei de Acesso à Informação apontam que quase todos os equipamentos fixos em operação em janeiro nas vias foram desativados desde março.

Com o desligamento dos equipamentos, houve um aumento dos acidentes graves (que registram mortos ou feridos), subiram nos sete primeiros meses do ano pela primeira vez desde 2011, quando o Brasil se comprometeu a adotar metas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para tornar o trânsito seguro.

Em agosto, o governo suspendeu a utilização de 299 radares portáteis pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Além disso, não foram renovados ou substituídos contratos que garantiam o funcionamento de 2.811 equipamentos fixos nas vias.

No último dia 2, as rodovias que são de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que representam mais de 90% das rodoviária federal, contavam com apenas 439 equipamentos permanentes de fiscalização.

De acordo com o levantamento do SOS Estradas com base em dados da PRF, apesar do total de acidentes em geral tenha caído 8% na comparação com o mesmo período do ano passado, os acidentes graves subiram 2% em 2019. O número de ocorrências passou de 10.038 para 10.212 acidentes, o que interrompeu a tendência de quedas consecutivas desde 2011.

De janeiro a julho de 2019, o número de feridos graves também cresceu em relação ao ano passado, de 10.141 para 10.436 registros. Enquanto em 2018 houve diminuição de 17% no total de mortes nas rodovias, a queda neste ano foi de apenas 1%, de 3.038 para 3.000 casos.

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