Meme e like não dão voto, diz responsável por redes sociais de Alckmin Redação 25 de julho de 2018 Destaque, Política Apesar da guinada pop que deu nas redes sociais de Geraldo Alckmin (PSDB) quando assumiu o marketing digital da campanha presidencial, o publicitário Marcelo Vitorino diz que não vai forjar polêmicas para aumentar a visibilidade.“Meme não dá voto, like [curtida] não dá voto, gracinha não dá voto. A mágica da internet é engajamento. É marcar um evento daqui meia hora na Praça da Sé e ter 3.000 pessoas”, diz.Em dois meses à frente das redes de Alckmin, Vitorino rejuvenesceu o perfil do tucano, polemizando com Jair Bolsonaro (PSL). Um exemplo é o meme em que mostrou o ator John Travolta procurando propostas do adversário, uma crítica ao seu alegado despreparo. “Era para falar para a militância, para o cara que estava acuado, tomando porrada dos bolsominions”, justificou.A ideia agora é burilar um perfil de “missionário do interior” do ex-vereador e ex-prefeito de Pindamonhangaba (SP), quatro vezes governador paulista, católico praticante, filho de franciscano e sobrinho de membro do Opus Dei, movimento conservador católico.Integrantes da campanha relatam que o pré-candidato cobra que a equipe o defenda de comentários negativos em reportagens online.Com o noticiário da Lava Jato, a campanha diz que já assimilou o desgaste da exposição ruim do tucano, citado por caixa dois, e do PSDB, que tem um réu por corrupção (senador Aécio Neves) e um preso (ex-governador de Minas Eduardo Azeredo).“Sigo a orientação do candidato: respondo com a verdade”, diz Vitorino, que militou no PSDB na juventude, mas deixou o partido. “Aécio e Azeredo estão afastados de decisões do partido.”A campanha vê na internet quatro objetivos: combater boato, mobilizar militância, conversar de forma segmentada com eleitores e arrecadar recursos.Para tanto, quer treinar simpatizantes. “A militância tem que ser mais acolhedora com os simpatizantes do Bolsonaro. Se brigar, ele não vai ser seu nunca”, afirma o marqueteiro, que conduziu as redes sociais da campanha vitoriosa de Marcelo Crivella (PRB) à Prefeitura do Rio.Nessa linha, oficialmente, a equipe de Alckmin nega que vá fazer ações anônimas na internet para prejudicar oponentes.Sempre que questionado sobre seu desempenho, Alckmin diz que a eleição só começará em agosto, com a campanha na televisão. A aliança com o centrão garantiu ao tucano, até agora, o maior tempo de TV na disputa.Para Vitorino, TV e internet serão complementares. O celular será o principal meio em cidades com mais de 100 mil habitantes, diz o marqueteiro, para ver TV ou acessar a internet. Em cidades médias, a TV será a principal tela e, nas menores, o rádio predominará. O WhatsApp, diz, é o principal canal para comunicação com militantes e de combate a notícias falsas.Uma coisa é certa. Em caso de derrota, Vitorino já sabe quem responsabilizar: “O eleitor não vota errado, é a gente que precisa saber se comunicar”. DEIXE UMA MENSAGEM Cancel ReplyYou must be logged in to post a comment.