A ex-senadora Marina Silva, pré-candidata da Rede à Presidência da República, disse que a última pesquisa Datafolha, divulgada no sábado (09), reflete o momento atual da sociedade, descontente com o cenário político brasileiro e com os escândalos de corrupção.

“Aquilo que vem aos olhos da população, além dos péssimos serviços oferecidos, é sobretudo o caso da corrupção que a levou a uma grande desesperança de anos e décadas. Tudo isso faz com que a população fique, de fato, indignada”, disse a ex-senadora, que deve tentar disputar o Planalto pela terceira vez.

De acordo como o último Datafolha, Marina aparece em segundo lugar nas intenções de voto em um cenário sem Lula (PT), e em terceiro com o ex-presidente na disputa – em ambos, está atrás do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL).

O Datafolha apontou ainda que mais de um terço dos eleitores se dizem sem opção ao analisar cenários em que Lula fica fora do páreo. Para Marina, essa parcela do eleitorado deseja mudanças e deve receber um olhar especial.

“Tem que ter um olhar para dialogar com essas pessoas, de que o melhor caminho é ficar atento às trajetórias e para aqueles que tem compromisso com a mudança, preservando conquistas, corrigindo erros e encarando os novos desafios”.

A pré-candidata da Rede afirmou ainda que desde 2010 – quando se candidatou ao Planalto pela primeira vez – sente na sociedade um desejo de quebrar a “velha polarização” – segundo ela, representada por PT, PSDB e MDB.

“Isso só não aconteceu em 2014 porque as eleições foram uma fraude, com dinheiro da corrupção da Petrobras que levou uma candidata a ser vitoriosa e que junto com ela levou o Temer e deixou o Brasil nessa situação”, completou a pré-candidata.

Marina esteve na noite desta segunda-feira (11) em São Paulo para o lançamento do livro O Elogio do Vira-Lata, organizado pelo economista Eduardo Gianetti, que também é seu conselheiro. O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), cotado como possível substituto de Lula na corrida presidencial, também esteve presente ao evento.

No entanto, disse que “não é candidato” e não quis comentar a pesquisa Datafolha.

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