Trump dá ao Brasil mais um mês sem a sobretaxa do aço e anuncia acordo de cota Redação 2 de maio de 2018 Destaque, Política A poucas horas do prazo final, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu prorrogar, na noite desta segunda (30), a suspensão do aumento das tarifas de importação sobre o aço e o alumínio, que afetariam significativamente a indústria siderúrgica brasileira.As sobretaxas começariam a valer nesta terça (1º), mas o americano decidiu prolongar a isenção por mais um mês ao Brasil, à Argentina, à União Europeia e à Austrália, além de México e Canadá. A suspensão, assim, valerá até o dia 1º de junho.No decreto, Trump anunciou que fechou com o Brasil um acordo que envolve cotas de importação, segundo a Casa Branca. Os termos, porém, não foram finalizados.Procurado, o governo brasileiro não se pronunciou sobre o anúncio.O mesmo vale para Argentina e Austrália. Segundo o ato oficial, foram acertadas “medidas alternativas” que compensam o desequilíbrio comercial. Os EUA são o maior comprador do aço brasileiro —e uma sobretaxa de 25%, como anunciara o americano, poderia comprometer as exportações do Brasil.Depois de anunciar as tarifas em março, sob o argumento de proteger a segurança nacional e a indústria siderúrgica dos EUA, Trump decidiu suspender temporariamente a sobretaxa, abrindo negociações bilaterais com os principais exportadores dos produtos.O Brasil enviou comitivas a Washington e contratou um dos principais escritórios de advocacia e lobby da cidade para ajudar nas tratativas.Além dos quatro países que obtiveram a prorrogação, a Coreia do Sul conseguiu uma isenção definitiva das sobretaxas por meio da negociação de um novo acordo de comércio com os EUA, segundo o Wall Street Journal. México e Canadá, por outro lado, devem continuar poupados enquanto durarem as negociações do Nafta, o acordo de livre-comércio da América do Norte.Apesar da notícia, o tensionamento das negociações, que permanecem indefinidas, demonstrou a líderes estrangeiros que décadas de relações calorosas com os EUA pouco importam para um presidente que não dá importância às normas diplomáticas e é hostil às regras básicas do comércio internacional. DEIXE UMA MENSAGEM Cancel ReplyYou must be logged in to post a comment.