As primeiras pesquisas sobre a repercussão das publicidades pela reforma da Previdência animaram o governo. Segundo a coluna Painel, da Folha, até levantamentos patrocinados por parlamentares do Nordeste indicam que, embora ainda longe de ser um consenso, a aceitação da proposta cresceu sensivelmente, especialmente nas classes D e E. A melhora no ambiente para o debate com a população fez com que o governo dobrasse a aposta. O Planalto liberou mais R$ 72 milhões para reforçar a ofensiva de comunicação.

Ainda conforme a coluna, o grosso da nova verba será usado para ampliar a exibição das peças que defendem as novas regras de aposentadoria. Outra parte, bem menor, para divulgar o programa Avançar.

De acordo com a publicação, as enquetes de parlamentares do Nordeste mostram que o mote do “combate aos privilégios” começou a colar.Para o Planalto, a publicidade que teve mais aceitação é a que mostra o narrador dizendo a uma empregada doméstica que, para ela, nada vai mudar. O governo também vai fazer pressão nos parlamentares da base aliada.

O Planalto já reconhece que não conseguirá aprovar o texto na próxima semana. O dia 13 de dezembro é agora a data limite. Em todas as audiências, o presidente Michel Temer pede apoio à proposta. Nesta quarta (29), reconheceu a um grupo de parlamentares que a estratégia “pode dar certo ou não”. “Mas estou fazendo a minha parte.”

Deputados que resistem ao texto começaram a defender que ele seja reduzido à idade mínima.

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