Nunca antes tinha acontecido em Portugal: um elemento do Governo em funções assumiu ser homossexual.

Graça Fonseca, secretária de Estado da Modernização Administrativa, expôs a sua vida pessoal para, explica a própria no seu perfil de Facebook, “ir mudando mentalidades”.

O que “importa”, garante, não são as críticas que lhe foram dirigidas, mas sim as “mensagens de esperança, de partilha de situações de discriminação, de agradecimento pelas filhas e filhos que recentemente assumiram a sua orientação sexual” que tem recebido.

Porque, acreditem, afirmar publicamente parte da minha identidade privada não é algo fácil ou que faça de forma leviana. Fi-lo porque acredito, mesmo, que fazê-lo pode ser importante para muitas pessoas”, escreveu a secretária de Estado.

Na mesma publicação, Graça Fonseca assume que o fez “como uma afirmação política, mas não por razões políticas ou partidárias”, até porque, sublinha, “nunca cederia” parte da sua “liberdade por razões dessa natureza”.

E quanto às críticas que ouviu, a secretária de Estado diz não se importar “mesmo nada” com o que “têm a dizer algumas personagens que, transitoriamente, ocupam lugares dirigentes em partidos políticos”.

Nesta senda, Graça Fonseca garante que “agora é tempo de seguir em frente”, assegurando que a sua homossexualidade não deve ser mais tema de entrevistas e intervenções públicas.

Não é tempo de mais entrevistas ou declarações públicas sobre algo que, sendo importante para mim, não me define no espaço público. É tempo de dizer obrigada às pessoas que me escreveram e me ‘defenderam’ no espaço púbico, sejam de direita ou de esquerda”, rematou.

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