A economia vai mal para praticamente todos os brasileiros, uma vez que 95% veem o País no rumo errado, mas há uma exceção. Trata-se do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Segundo reportagem do jornalista Filipe Coutinho, do site Buzzfeed, Meirelles lucrou R$ 217 milhões com a sua consultoria, em 2016, e transferiu R$ 167 milhões, na forma de dividendos, três meses antes de assumir o cargo.

Um dos principais pagadores foi a J&F, do empresário Joesley Batista, que hoje acusa Michel Temer de ser chefe da “maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil”.

No Brasil de Meirelles, não há crescimento econômico, mais de 13 milhões de pessoas estão desempregadas e a equipe econômica se mostra incapaz de cumprir uma meta fiscal que já prevê um rombo de R$ 139 bilhões. Em razão disso, ele promoveu o maior aumento dos combustíveis nos últimos 13 anos, mas o reajuste está suspenso por ordem judicial.

Embora tente vender confiança no Brasil, Meirelles mantinha seus recursos fora do País.

Leia, aqui, a íntegra da reportagem do Buzzfeed e, abaixo, as respostas enviadas por Henrique Meirelles:

1-Por que, em fevereiro de 2016, Henrique Meirelles decidiu receber de lucros R$ 167 milhões referente ao ano de 2015?

É frequente a distribuição de dividendos neste período por empresas. Em 2015, foi registrado o recebimento de rendimentos de serviços prestados ao longo de quatro anos para várias empresas, em projetos de duração variável completados em 2015.

2-Há alguma relação com o processo de impeachment e a possibilidade de assumir a Fazenda?

Nenhuma. Não existia o convite naquele momento.

3-Os documentos são categóricos em afirmar que os valores foram recebidos e mantidos no exterior. Quem pagava o ministro fora do país? Por que esses pagamentos foram feitos fora do país?

Os pagamentos foram feitos por serviços prestados à empresas globais. Foi conveniência destas empresas globais pagar fora do país.

4-Por que o ministro mantinha os valores fora do país? O ministro não confiava nas instituições financeiras brasileiras? O ministro, enquanto investidor, sugere a outros investidores deixar fora do país?

O ministro confia integralmente nas instituições financeiras brasileiras. O ministro aconselha investidores a deixar seus recursos no Brasil porque o país oferece melhores relações de risco/retorno. Os recursos são administrados por gestor independente sem interferência do ministro, figura conhecida como blind trust, para evitar conflitos de interesse.

 

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