Em declarações neste domingo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou otimismo sobre um possível avanço na região do Oriente Médio, afirmando que existe “uma chance real de grandeza no Oriente Médio”. Poucos dias após indicar que um acordo para encerrar a guerra em Gaza estava próximo, Trump escreveu em sua plataforma Truth Social: “Temos uma chance real de grandeza no Oriente Médio. Todos estão engajados em algo especial, pela primeira vez. Vamos conseguir”.

A agenda do presidente inclui uma reunião na Casa Branca nesta segunda-feira (29) com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, com o objetivo de discutir e avançar em um esboço de acordo. Na última sexta-feira, Trump já havia mencionado a intensidade das negociações sobre Gaza com países do Oriente Médio, assegurando que tanto Israel quanto o Hamas estavam cientes das conversas, que, segundo ele, continuariam pelo tempo necessário.

O rei Abdullah da Jordânia também se pronunciou neste domingo, indicando que muitos detalhes do plano americano para o fim do conflito em Gaza “estão em linha com o que já foi acordado”, conforme informou a agência estatal jordaniana. No entanto, não foram fornecidos mais detalhes sobre o plano em si.

Em paralelo à visita de Netanyahu, um porta-voz da Embaixada dos EUA em Israel anunciou que o embaixador Mike Huckabee viajará ao Egito para encontros com autoridades locais, como parte das consultas diplomáticas regulares na região. O Egito é um dos países que atuam como mediadores nas negociações entre Israel e o Hamas.

Por outro lado, o Hamas declarou no sábado que ainda não havia recebido qualquer nova proposta de mediadores internacionais. Essa afirmação surgiu após o jornal israelense Haaretz citar fontes que indicavam um acordo em princípio por parte do Hamas para libertar todos os reféns israelenses em troca da libertação de centenas de prisioneiros palestinos e da retirada gradual das tropas israelenses, conforme o plano de Trump. O jornal também mencionou que a proposta incluiria o fim do governo do Hamas em Gaza e um compromisso israelense de não anexar o território nem expulsar os palestinos. Um dirigente do Hamas, que pediu anonimato, confirmou à Reuters que “nenhum plano foi apresentado ao Hamas”.