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Na manhã deste sábado (19), um acordo de cessar-fogo foi confirmado entre Síria e Israel, após confrontos entre diferentes grupos étnicos resultarem em mais de 700 mortes no sul da Síria. A trégua busca evitar uma guerra regional e mitigar a crise humanitária na área.

O acordo foi alcançado com o apoio dos Estados Unidos, Turquia e Jordânia, e foi anunciado pelo presidente interino sírio, Ahmed al-Sharaa, e pelo enviado dos EUA, Tom Barrack.

Os conflitos começaram no dia 13 de julho na região de Sueida e envolveram tribos beduínas e grupos da minoria drusa. Durante os combates, as forças militares de Israel intervieram, realizando bombardeios em Damasco e alvos no sul da Síria para proteger a minoria drusa, que também está presente em território israelense. Em resposta, o governo sírio enviou tropas para a região em uma tentativa de controlar os confrontos.

Barrack convocou todos os grupos armados a deporem suas armas, defendendo uma “nova identidade síria unida”. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, descreveu a situação como “terrível” e destacou que o cessar-fogo é resultado de um esforço diplomático para conter a escalada do conflito na região.

Massacre Seccional Entre Beduínos e Drusos

O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que mais de 700 pessoas perderam suas vidas em apenas seis dias de confrontos. Grupos sunitas se uniram aos beduínos contra os drusos, enquanto as forças do governo sírio foram acusadas de apoiar os ataques.

A Cruz Vermelha e as Nações Unidas alertaram sobre um iminente colapso humanitário em Sueida, onde casas, lojas e veículos foram incendiados. A população enfrenta hospitais lotados, escassez de água e medicamentos, além de apagões frequentes. Mais de 80 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas, segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM).

A ONU exigiu uma investigação rápida e responsabilização pelos crimes cometidos durante os conflitos. O alto comissário Volker Türk reiterou a necessidade urgente de ação diante da grave situação humanitária.