Os advogados da atriz e cantora Larissa Manoela protocolaram um recurso de apelação na 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca, pedindo que a Justiça reconheça o direito da artista a receber indenização por danos morais da empresa Deck Produções Artísticas Ltda., criada por seus pais, Silvana Taques e Gilberto Elias dos Santos.

Em abril deste ano, a Justiça já havia determinado a extinção do contrato de exclusividade vitalício firmado em 2012, quando Larissa tinha apenas 11 anos. O novo recurso busca agora o reconhecimento de que o vínculo contratual também causou prejuízos de natureza moral.

Na petição, a defesa aponta que o contrato apresentava cláusulas consideradas ilegítimas e abusivas, sem possibilidade de rescisão unilateral por parte da artista. Segundo os advogados, Larissa foi submetida a uma situação de “vulnerabilidade e dependência”, pois o documento concedia aos pais “poder irrestrito sobre a continuidade do vínculo”, enquanto ela não tinha o mesmo direito de encerrá-lo.

O recurso afirma ainda que, por anos, a atriz ficou presa a um modelo contratual que a impedia de acessar plataformas como YouTube e Spotify, aceitar propostas de gravadoras e firmar novas parcerias comerciais. Paralelamente, seus pais teriam continuado a se beneficiar de sua imagem e de seu trabalho artístico.

O pedido aguarda agora análise pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).