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Uma aluna de apenas 11 anos foi alvo de uma série de ataques racistas por parte de colegas na escola pública localizada no Riacho Fundo II, no Distrito Federal. O incidente ocorreu na última quarta-feira (2) e está sendo investigado pela Polícia Civil do DF (PCDF) como ato infracional análogo à injúria racial e ameaça.

As agressões, que foram consideradas gravíssimas pela Secretaria de Educação do DF (SEE-DF), causaram uma crise de ansiedade e um ataque de pânico na menina. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para prestar socorro ainda dentro da unidade escolar.

De acordo com os familiares da vítima, as agressões eram cometidas por três colegas com idades entre 12 e 14 anos. A irmã da menina revelou à imprensa que as estudantes se concentraram em humilhar a aparência da garota negra, utilizando ofensas como “cabelo de bucha”, “cabelo de pica” e chamando-a de “preta nojenta”. “Elas acabaram com o amor próprio da minha irmã”, desabafou.

Após a denúncia feita à direção da escola, a situação se agravou. A irmã da vítima relatou que uma das agressoras, de 14 anos, ameaçou espancar a menina na saída da aula, prometendo trazer outras garotas para se vingar por ter sido chamada à atenção junto aos pais.

Diante da gravidade dos acontecimentos, a Secretaria de Educação decidiu transferir as três alunas agressoras para outras unidades escolares. A vítima também foi acolhida e, por decisão familiar, realocada em outra escola. Além disso, a pasta abriu uma sindicância para investigar possíveis negligências por parte da direção em relação ao tratamento do caso.

Servidores da SEE acompanharam a família da aluna até a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA II), onde foi registrada a ocorrência. A Polícia Civil continua a investigar o caso.