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Em uma entrevista realizada nesta quarta-feira (12) à Rádio Diário FM de Macapá (AP), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que não tem intenção de “fugir para Miami” caso não seja reeleito nas eleições de 2026. Lula afirmou que, se derrotado, permanecerá no Brasil e entregará a faixa ao seu adversário, em referência à atitude do ex-presidente Jair Bolsonaro, que deixou o país em 30 de dezembro de 2022, não participando da cerimônia de posse de Lula em 1º de janeiro de 2023.

“Não quero fugir para Miami, não quero deixar de colocar uma faixa no presidente que ganhar as eleições, não. Quero respeitar o resultado eleitoral e, se alguém ganhar, vou lá entregar a faixa”, destacou o presidente.

Lula também enfatizou que respeitará o resultado das eleições, mesmo que isso signifique sua derrota. Ele expressou seu desejo de “descer a rampa de cabeça erguida”, após cumprir as promessas feitas durante sua campanha. “Eu tenho dois anos muito primorosos na minha vida. Talvez os dois anos mais importantes da minha vida porque eu acho que preciso entregar tudo aquilo que prometi para o povo”, afirmou.

Durante a entrevista, o presidente ressaltou sua intenção de criar oportunidades para a população prosperar. “Eu quero o Brasil como uma sociedade empreendedora, uma sociedade otimista, eu quero uma sociedade de classe média. Nesse país é proibido proibir as pessoas de sonhar. As pessoas sonham e cabe ao governo tentar fazer com que esse sonho se torne realidade, criando oportunidades para que as pessoas possam conseguir realizar os seus sonhos”, disse Lula.

Além disso, o presidente abordou a questão da exploração de petróleo na margem equatorial do Amazonas. Ele criticou a lentidão do Ibama em decidir sobre a autorização para essa exploração. “Se depois a gente vai explorar é outra discussão. O que a gente não pode ficar é nesse lenga-lenga. O Ibama é um órgão do governo parecendo que é um órgão contra o governo”, concluiu Lula na entrevista à rádio.