Tragédia em Portugal leva brasileiro à morte e família luta para arrecadar fundos para traslado do corpo

Um trágico acidente de trânsito em Portugal no final de dezembro resultou na morte de um brasileiro de 45 anos, enquanto outro, de 21 anos, ficou ferido. A família enfrenta dificuldades financeiras para trazer o corpo de volta ao Brasil.

Éder Flávio Silva Souza estava dirigindo um carro em uma estrada no distrito de Leiria no dia 28 de dezembro, quando, em uma curva, perdeu o controle do veículo. O carro colidiu contra o muro de uma casa e ficou totalmente destruído, conforme relatado pelo jornal português Correio da Manhã.

Tanto Éder quanto seu sobrinho, Gustavo Silva Souza, ficaram presos nas ferragens do automóvel. Éder não sobreviveu ao impacto, enquanto Gustavo sofreu ferimentos graves e está internado no Hospital de Coimbra com fraturas pelo corpo.

A família está tentando trazer o corpo de Éder para Santa Fé do Sul (SP). Enfrentando dificuldades financeiras, os familiares criaram uma vaquinha online com o objetivo de arrecadar R$ 68 mil. Até o momento, conseguiram reunir apenas R$ 2.800.

Em entrevista à reportagem, Angélica Souza, mãe de Gustavo, contou que foi com o marido a Portugal após o acidente. Ela relatou que está acompanhando a recuperação do filho, que ainda não tem previsão de alta, além de resolver os trâmites necessários para o translado do corpo de Éder. “É um valor alto, não estávamos preparados para essa situação”, disse.

Tio e sobrinho haviam se mudado para Portugal em fevereiro do ano passado em busca de trabalho. Gustavo trabalhava como operador de máquinas e Éder atuava em serviços pecuários. O homem de 45 anos deixa esposa e duas filhas.

TRANSLADO NÃO PODE SER FEITO PELO GOVERNO

Em nota, o Itamaraty afirmou estar à disposição para prestar assistência aos familiares do brasileiro falecido. Segundo a pasta, as Embaixadas e Consulados podem oferecer orientações gerais aos cidadãos nacionais, apoiar o contato com o governo local e cuidar da expedição de documentos necessários.

O órgão esclareceu que, em caso de morte de brasileiros no exterior, o transporte do corpo não pode ser custeado pelo Governo. “O traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos”, afirmou a nota, com base no § 1º do artigo 257 do decreto 9.199/2017.