Uma operação policial foi deflagrada na manhã desta terça-feira (5) com foco no atacante Bruno Henrique, do Flamengo, que é suspeito de manipular resultados em jogos de futebol para beneficiar apostas esportivas.

Agentes da Polícia Federal do Rio de Janeiro estiveram no Ninho do Urubu para cumprir um mandado de busca e apreensão no quarto de Bruno Henrique, localizado nas dependências do centro de treinamento do Flamengo. A ação faz parte de uma investigação mais ampla, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (Gaeco-MPDFT) e pela Coordenação de Repressão à Corrupção da Polícia Federal (PF), que cumpriu 12 mandados de busca e apreensão.

Além de Bruno Henrique, a operação também mirou seu irmão, Wander Nunes Pinto Junior, sua cunhada, Ludymilla Araujo Lima, sua prima, Poliana Ester Nunes Cardoso, e outras seis pessoas ligadas ao meio futebolístico, todas residentes em Belo Horizonte.

As investigações revelam que a família de Bruno Henrique teria criado contas em casas de apostas e realizado apostas específicas na possibilidade de o jogador ser expulso durante a partida contra o Santos. Esse padrão de apostas foi identificado nas contas dos outros investigados.

Em um momento crítico da partida realizada no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, Bruno Henrique recebeu o primeiro cartão amarelo por falta em um adversário e foi expulso por ofender o árbitro. O jogo terminou com vitória do Santos por 2 a 1.

A situação levanta sérias preocupações sobre a integridade das competições esportivas e as práticas fraudulentas no futebol. O caso está sendo monitorado atentamente pela imprensa e pelos torcedores, que aguardam mais informações sobre os desdobramentos dessa investigação.