O caso teria acontecido nesta sexta-feira (3), na unidade dentro de um shopping center da capital baiana,

O famoso ‘sextou’ geralmente é o dia da semana mais desejado dos baianos, seja para curtir as últimas horas do dia após a ‘correria’, seja para relaxar e descansar para iniciar bem uma nova semana. No entanto, o que era para ser horas de resenha entre um grupo de amigos acabou virando cenas de pesadelo. É o que afirma a advogada Judith Cerqueira.

A irmã da advogada e outras três meninas, entre 15 e 17 anos, que seriam amigas da parente de Judith, teriam sido assediadas por um sócio do restaurante localizado no espaço gourmet do Salvador Shopping. 

O contato começou por volta de 21h30 desta sexta, quando ele, segundo a denunciante, avistou as meninas sentadas em uma mesa do estabelecimento e começou a puxar conversas estranhas. 

“Ele se sentou na mesa com as meninas e começou a oferecer drinks, falou que queria levá-las para viajar, insistiu muito, de uma forma brusca, para pegar os números delas. Ele comentou que tinha um projeto de boate, que ia colocá-las para dançar nessa boate. Quando as meninas falaram que eram menores de idade, ele falou: ‘Mas não tem problema nenhum eu gostar de meninas menores de idade, isso aqui fica entre a gente’”, menciona a advogada.

O suspeito também teria levado outros homens para apresentar às meninas, segundo a denunciante. A importunação teria acabado quando uma outra mulher, maior de idade, se sentou na mesa onde as garotas estavam para ajudar no caso.

“Mesmo assim, ele ficou na porta do restaurante, olhando para a mesa delas o tempo todo, muito provavelmente esperando elas saírem para poder fazer alguma coisa com elas”, acrescenta a advogada.


“Nunca houve isso. Eu conversei com as meninas, agora elas querem tirar proveito de tudo? Não ofereci bebida, não peguei nelas, que loucura é essa, que maluquice é essa? Eu estou há 18 anos no restaurante e nunca tive isso. Eu vou entrar em uma ação contra elas. Existiu uma conversa, como eu falo com todos os clientes lá, nunca houve uma denúncia contra mim. Isso é má intenção das meninas. A conversa foi de amenidade, de brincadeira. Sobre a boate eu só informei que estávamos abrindo uma lá. Não tem nada haver essa história de dançar, nunca houve isso”, alega o empresário. 

A reportagem também entrou em contato com o acusado, que negou o ato de assédio. Segundo ele, a conversa que houve foi “de amenidade”, como ele tem o hábito de receber todos os clientes que frequentam o restaurante.

O caso foi registrado na Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca).