Ex-chefe de gabinete de ACM Neto em sua gestão na Prefeitura de Salvador, João Roma acusou o antigo aliado de interferir ainda hoje na administração do município, sem dar o devido “protagonismo” ao seu sucessor, o atual prefeito Bruno Reis.

Ministro da Cidadania e pré-candidato ao governo da Bahia, Roma alegou ainda que Neto mantém práticas da antiga política, como perseguir opositores e coagir “amigos pessoais”.

“Com a prática que ele tem exercido está mais para o passado do que futuro, resgatando coisas do passado que deveriam estar banidas da vida pública brasileira. Como pressionar pessoas, práticas persecutórias, saiu da Prefeitura de Salvador, ma a Prefeitura não saiu dele […] dificultando o protagonismo do prefeito Bruno Reis, coagindo amigos pessoas. As pessoas ficam sufocadas”, disparou o deputado federal licenciado, em entrevista à rádio Metrópole, na manhã desta segunda-feira (14).

Roma admitiu que o rompimento com o antigo aliado gerou um “trauma muito grande” no âmbito pessoal. O atual ministro da Cidadania, contudo, diz que na política não se pode descartar uma eventual conciliação no futuro.

“Do ponto de vista pessoal, deixou um trauma muito grande. Mas eu sou uma pessoa da política, afeta ao diálogo, converso com todo mudo, do PCdoB, do PSOL”, contemporizou.Sobre as manifestações de descontentamento da sua esposa, Roberta Roma, com o ex-prefeito, o ministro alegou este ser o comportamento de alguém de fora “da política”, mas que percebe quando existem inconsistências no discurso de Neto.

Sobre as manifestações de descontentamento da sua esposa, Roberta Roma, com o ex-prefeito, o ministro alegou este ser o comportamento de alguém de fora “da política”, mas que percebe quando existem inconsistências no discurso de Neto.

“Nós, que somos da política, a gente interpreta as coisas e vai aguentando. Quem sente na pele e começa a perceber que as coisas não batem, o discurso com a prática, em algum momento isso aflora”, justifica.

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