Depois de acompanhar um grupo de mais de 3.000 voluntários por mais de duas décadas, pesquisadores dos EUA relacionaram o consumo dos chamados alimentos ultraprocessados à incidência de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, e a mortes.

 

Esses alimentos são aqueles que passam por intensas transformações industriais, como macarrão instantâneo, refrigerantes, biscoitos, e salgadinhos de pacote. É comum que esses alimentos tenham adição de conservantes, corantes, saborizantes e outros compostos, a fim de aumentar palatabilidade e tempo de prateleira.

 

Não é de hoje que os profissionais da saúde e cientistas pesquisam sobre o tema, mas a nova evidência contra os alimentos ultraprocessados é considerada um passo importante para a adoção de políticas que melhorem a qualidade da dieta da população.

 

O novo trabalho, publicado no Journal of the American College of Cardiology, foi comandado por Filippa Juul, da Universidade de Nova York. Para ela, um dos caminhos a ser percorrido pelos americanos é seguir o Brasil, que tem em seu Guia Alimentar para a População Brasileira diretrizes aclamadas por especialistas de diversos países.

 

“O nível de processamento dos alimentos deve ser abordado no Guia Alimentar para Americanos, como foi feito no Brasil. Também precisamos tornar os alimentos minimamente processados saudáveis mais acessíveis e disponíveis para todos, em particular para as pessoas que têm recursos limitados e vivem em bairros desfavorecidos. Nesse contexto, é fundamental fortalecer a produção local de alimentos”, diz Juul à Folha.

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