O prefeito ACM Neto flexibilizou a obrigatoriedade do uso de máscaras para crianças autistas na capital baiana. A medida é um pleito da Associação de Amigos do Autista da Bahia. O presidente da associação argumenta que  a maior parte das pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) recusa ou utiliza a máscara de forma incorreta. Na manhã desta sexta (29), Neto garantiu que a prefeitura não criará nenhuma dificuldade para esse público.

“A medida já está flexibilizada. A Prefeitura já encara de maneira diferente a situação dos autistas. A gente faz apelo aos pais que só os levem a farmácias, supermercados, hospitais, quando extremamente necessário. consideramos os casos e entendemos como natural. A prefeitura não criará nenhuma dificuldade para essas pessoas”, disse, em coletiva virtual.

O uso obrigatório de máscaras para evitar a contaminação do novo coronavírus (covid-19) tem preocupado pais de crianças e jovens autistas. De acordo com o vice-presidente da AMA-BA, Leonardo Martinez, explucou que os autistas têm uma condição que impossibilita o uso da máscara.

“Os autistas têm reatividade sensorial, que uma condição que impossibilita o uso da máscara, porque eles sentem como se a máscara fosse agulhas furando o rosto, ou até mesmo queimando o rosto deles, sendo assim eles não vão permitir ou irão usar a máscara inadequadamente. Eles manipulam as máscaras. Muitos deles chegam a mastigar e colocar a língua”, explica Martinez que é pai de um adolescente autista e presencia de perto essas dificuldades.

O deputado federal João Roma (Republicanos) também pediu à Prefeitura de Salvador que flexibilize a obrigatoriedade do uso de máscaras para essas pessoas

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