Desde as primeiras conversas vazadas pelo site The Intercept, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e o procurador da força-tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol, têm sustentado o discurso de que os diálogos poderiam ter sido adulterados por hackers que roubaram criminosamente as conversas. No entanto, uma ferramenta utilizada pela própria Polícia Federal (PF) no âmbito d lava Jato pode recuperar os arquivos que, segundo Dallagnol, afirme que as mensagens do Telegram foram apagadas ou deixou de usar o aplicativo.

Na sexta-feira (26), em entrevista à Rádio CBN, Dallagnol falou da prisão dos hackers. “Várias análises mostraram que os diálogos são falseáveis. A origem são pessoas acusadas de crimes, inclusive de falsificação, e quem tem o documento com os diálogos não o apresentou para verificação”, repetiu Dallagnol. O EL PAÍS obteve documentos da própria Operação Lava Jato e fez entrevista com o fornecedor de uma ferramenta utilizada pela Polícia Federal que demonstram que, sim, é possível recuperar, em muitos casos, mensagens apagadas do Telegram e de outros aplicativos.

O site afirma, após entrevista com fornecedor, que tanto é possível resgatar mensagens deletadas de SMS, WhatsApp, Telegram e até de outros aplicativos que peritos da PF recuperaram várias conversas dos celulares de presos da Lava Jato. Desde o começo da mega investigação em Curitiba, em 2014, a Superintendência da Polícia Federal no Paraná utiliza a tecnologia que executa a tarefa.

Comforme o EL PAÍS, trata-se de um dispositivo eletrônico batizado de UFED (Universal Forensic Extraction Device), parecido a um microcomputador em formato de maleta, que foi vendido pela empresa israelense Cellebrite. O dispositivo, que também é oferecido como aplicativo para instalação em computadores ou notebooks, já foi vendido para outras unidades policiais do país.

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