Pato Roco da Ambulância, Galo Cego, O Homem do Crachá, Carcará do Sertão, Cacique Aruã. Uma fileira de nomes que não passam despercebidos na lista de candidatos à Assembleia Legislativa da Bahia no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA).  Até a manhã desta quarta-feira (15),  325 candidatos já tinham oficializado o registro na Justiça Eleitoral na corrida pelo Legislativo estadual.

Muitos chamam atenção pelo sentido de combate ao atual sistema, a exemplo de Andrade Justiceiro do Povo, Teno Metralhando a Corrupção e Renato Trezoitão. Outros, pela criatividade como Cacete Pão Dividido. Existem ainda os que preferem associar suas imagens a profissões ou ramo de atuação. A lista, por sinal, é grande. Os candidatos denominados professores somam 17. Na saúde também são muitos.

Temos a Loira Cobradora, o Ageu Cozinheiro, a Dalva do Pastel, a Geane do Acarajé, o Ico do Sindicato, o Josias Pscineiro, o Mota do Cartucho, a Kátia da Saúde, a Nete da Saúde, o Dr. Renovato, o Dr. Sapucaia, entre outros.
O apelo ao lado religioso não fica atrás. Na relação constam seis pastores e um padre. Tem ainda os policiais: Subtenente Radson, o que comprova que na corrida por um mandato vale tudo e nesse caso a concorrência pelo mais criativo é forte.

SENTIMENTO POPULAR – Para o advogado, sociólogo, doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas e professor de Ciência Política na Universidade Federal da Bahia (Ufba), Joviniano Neto, o lançamento desses nomes visa atrair a atenção do eleitor num mercado altamente competitivo, onde há centenas de candidatos e nenhum tempo de propaganda.

Segundo ele, na escolha alguns dos postulantes também procuram atender o que consideram sentimento popular. “O populismo, politivismo, onde para eles a solução seria uma repressão dura, violenta. Na verdade, um modo de enfrentar a insegurança existente, a insatisfação existente, de forma a sintonizar o desejo da população por soluções”, disse referindo-se a alcunhas como Andrade Justiceiro do Povo, Teno Metralhando a Corrupção e Renato Trezoitão.

Sobre nomes como Cacete Pão Dividido, Joviniano aponta que a ideia se assemelha. “É a máxima do dando cacete se divide o pão, tudo para nós nada para eles, que representaria maior igualdade, maior distribuição do pão”.

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